A EDUCAÇÃO PÚBLICA INICIAL

Hoje possuímos várias escolas estaduais e municipais, professores com curso superior e especialização e cursos universitários prestados na cidade sede do Município de Tapauá. Todavia, para chegarmos a este estágio educacional muita dedicação, suor e lágrimas foram doados pelos educadores do início.

Veja, a seguir, vários trechos do que foi escrito por Daniel Albuquerque, em seu livro TAPAUÁ: PRIMEIRA GERAÇÃO, referente à Educação Pública neste município:

EPISÓDIO IX

EDUCAÇÃO PÚBLICA

(Páginas 33 e 34)

O natural instinto de sobrevivência comercial fazia com que, de desejos inconfessáveis, os patrões desta região, quiçá de toda a Amazônia, não almejassem um elevado programa educacional para as crianças, jovens e adolescentes daquela época.  Exceto, naturalmente, para os seus filhos que iam estudar em Manaus ou Belém.

A experiência lhes havia ensinado que, ao aprender a ler e escrever, o jovem passava a considerar-se doutor. Deste modo, repudiava qualquer serviço manual que fosse realizado com a faca do seringueiro, a foice do castanheiro e a haste com arpão do pescador. Passava a ter vergonha de exercer tais profissões.

Diferente e semelhante aos escravos do século XIX que, obrigados a permanecerem nas fazendas para trabalho forçado, fugiam para os quilombos à procura de liberdade, os jovens interioranos razoavelmente alfabetizados, mesmo não sendo obrigados a permanecerem nos seringais onde trabalhavam, escapavam para a capital do Estado à procura de trabalho condigno com a sua cultura (assim pensavam eles).

No novo local de trabalho, iriam reconhecer a dura realidade do modesto aprendizado que possuíam, submetendo-se, por sobrevivência, a trabalhos árduos como o de carregar e descarregar embarcações.  Mas, o estrago à economia dos seringais de suas origens já havia sido feito.

Assim, motivados pelo medo da extinção da mão de obra necessária à produção regional, a liderança local não considerava educação como programa de ação prioritária.

Daniel, na condição de seringalista, já se havia inteirado desta peculiar situação. Mas, assim mesmo, embora considerando que não seria necessário ensinar aos nossos jovens que o rio Ganges corre em território indiano, entendia a necessidade de ser ensinado corretamente ao nosso povo ler, escrever e contar.

Contudo, só conseguiu na sua primeira administração construir, na ladeira do Porto, modesta escola municipal toda de madeira de lei, coberta com telhas de alumínio e pintada a óleo nas cores azul e branco; adquirir vinte carteiras escolares individuais, mesa para a mestra e quadro negro; distribuir gratuitamente material escolar; nomear sua primeira professora que foi dona Francisca Rabelo de Matos Peres e instalar dezessete escolas rurais cujo resultado deixou muito a desejar.

Frei Victório Henrique Cestaro, depois que iniciou o excepcional trabalho educacional da Escola Don José Alvarez, apelidou a escola municipal de Escolinha do Carequinha, em alusão ao famoso palhaço brasileiro Carequinha que, na época, havia gravado um disco com musiquetas para crianças, entre as quais, uma denominada de A Escolinha do Carequinha.

Apesar das tentativas que empreendeu Daniel não conseguiu superar os seus antecessores, que muito pouco haviam realizado pela Educação pública do município. Foi este importante serviço público o nadir do contexto de todo o seu primeiro mandato de prefeito de Tapauá. Pior, toda vez que tentava dar explicações sobre o fraco desempenho educacional da sua primeira administração, acabava por gaguejar, como se denunciasse reconhecer que poderia ter feito mais. Muito mais.

Apesar de tudo, será abaixo transcrita parte do relatório enviado por Daniel, em 1961, para o governador do Estado:

“EDUCAÇÃO – Considero o problema educacional entre os mais difíceis de resolver. Nele, tudo é adverso: a falta de cultura e base pedagógica das moças e senhoras residentes neste município e que, pelas circunstâncias, somos forçados a recrutá-las para o magistério; a residência da população rural constituída de pequenos núcleos espalhados pelas barrancas dos rios, algumas, nos mais remotos recantos da imensa floresta virgem; a falta de mentalidade educacional dos pais na sua maioria analfabetos ou precariamente alfabetizados; a distância, inimiga invisível e inexorável da Amazônia; e, ainda, a falta de auxílio ou ao menos equacionamento do problema, pelas autoridades estaduais e federais que, acovardadas, preferem ignorá-lo”.

EPISÓDIO IV

O INÍCIO DO 2º GOVERNO CONSTITUCIONAL

(Páginas 54 e 55)

No dia 1º de fevereiro de 1964, o prefeito Antônio Ferreira de Oliveira deu início ao seu trabalho, nomeando o seu “staff”:

Para secretário municipal, nomeou dona Joana Queiroz de Oliveira; para tesoureiro, Amado Soares Sansereth, gerente do seringal Tambaqui; para porteiro, Pantaleão Aurélio de Araújo; para diretor do OMEP, Frei Augusto João Krema Nowacki; para secretário também do OMEP, Frei Victório Henrique Cestaro; para diretor do Serviço Rodoviário Municipal, Manoel da Silva Cabral e para secretário João Elizeu Torres; para assistente agrícola, Raimundo Barros de Santana. Tendo desmembrado o cargo de porteiro fiscal para a nomeação de Pantaleão, Raimundo Job de Andrade passou a exercer o cargo de fiscal do Município. Foram mantidos Alcides Ferreira de Souza no cargo de encarregado de conservação de próprios e logradouros públicos e Idalvo Lopes de Oliveira no cargo de enfermeiro.

Empossados os recém-nomeados servidores municipais, o prefeito desativou o Posto de Saúde Municipal e transformou o prédio em sede do Órgão Municipal de Ensino Primário – OMEP, unidade administrativa criada por Daniel no apagar das luzes de sua administração, com a intenção de organizar a Educação pública do município.

Os primeiros dirigentes do OMEP, Frei Augusto Nowacki e Frei Victório Cestaro, tinham a intenção de dinamizar a Educação do Município de Tapauá, mas no dia 18 de agosto daquele mesmo ano de 1964, dizendo-se decepcionados, requereram a exoneração dos respectivos cargos, em caráter irrevogável.

Para substituí-los, o prefeito contratou em Manaus a professora normalista Élina Soares de Menezes que, inclusive, passou a lecionar para os alunos. E assim, com altos e baixos, o Órgão Municipal de Ensino Primário deu seus primeiros passos em prol da Educação pública tapauaense.

Em 1965, com o advento da Escola Paroquial Don José Alvarez, o OMEP foi eclipsado, todavia manteve-se vivo mesmo que em estado latente. Já em 1966, com a construção e funcionamento da Escola Municipal Pedro Silvestre, o Órgão Municipal de Ensino Primário, renomeado Órgão Municipal de Educação Pública – OMEP reiniciou suas atividades atingindo o apogeu nos anos de 1969 a 1972.

EPISÓDIO VIII

O TERRENO DO SENHOR MILTON ROSAS DA SILVA

(Páginas 58 e 59)

Conforme já foi narrado no Episódio VI do Capítulo IV, o senhor Milton Rosas da Silva era foreiro de um terreno localizado ao lado da Praça Thomaz de Lima. Durante a administração de Daniel, poderia ter adquirido a titulação definitiva desse imóvel territorial, mas não o fez por restrição ao prefeito municipal a quem se declarara ferrenho opositor.

Pior, não pagou, por quatro anos consecutivos, o foro anual e abandonou o terreno, pelo que, se tornara inadimplente em relação ao Contrato de Aforamento firmado com a Prefeitura Municipal de Tapauá. Daniel poderia ter cancelado o feito e retomado o terreno para o patrimônio municipal. Mas, também, não o fez.

Com a ascensão do prefeito Antônio Ferreira de Oliveira, o senhor Milton Rosas da Silva retomou o interesse pelo terreno, na intenção de edificar nele um templo evangélico, finalidade para a qual aforou o imóvel.

Ao tomar conhecimento do fato de que o templo evangélico ficaria localizado ao lado da igreja católica, Frei Victório dirigiu-se à Prefeitura e protocolou uma petição, através da qual, com a finalidade da construção de uma escola paroquial de curso primário, requereu a doação do citado imóvel para a Prelazia de Lábrea.

Coincidentemente, neste mesmo dia o senhor Milton Rosas chegou a Tapauá e dirigiu-se a Prefeitura a fim de legalizar o terreno que julgava ser seu.

O ocorrido deixou o prefeito Antônio Ferreira de Oliveira em situação deveras difícil. Queria atender o seu amigo Milton Rosas e, ao mesmo tempo, não se sentia encorajado para negar o pedido de Frei Victório, especialmente por tratar-se da construção de uma escola paroquial que certamente traria benefícios aos nossos alunos, a exemplo do que acontecia em Canutama e Lábrea. E aí, o que fazer?

Finalmente o prefeito decidiu-se: Com amparo na Lei Legislativa nº. 1 de 13 de julho de 1961, baixou o Decreto nº. 01/64, de 7 de abril de 1964, que disciplinava a posse e manutenção de terrenos situados nas zonas urbana e suburbana de Tapauá e dava outras providências. O artigo 1º deste decreto determinava que, voltavam para o patrimônio municipal, todos os terrenos situados nas zonas urbana e suburbana da cidade, ocupados há mais de um ano e ainda não tornados úteis.

Na mesma data, baixou o Decreto nº. 02/64, “ad referendum” a Câmara Municipal de Tapauá, doando à Prelazia de Lábrea, para construção de uma escola para ensino primário, um local público cujos limites eram exatamente os do terreno cujo domínio útil pertencera ao senhor Milton Rosas, revogado pelo já citado Decreto nº. 01/64.

Com esta decisão administrativa do prefeito municipal de Tapauá, esvaiu-se a possibilidade do senhor Milton Rosas da Silva construir um templo evangélico na Praça Thomaz de Lima e surgiu a Escola Don José Alvarez.

Surpreendentemente, o líder evangélico, talvez reconhecendo que havia cometido um engano quanto ao abandono do terreno, não fez nenhum comentário à decisão do prefeito. Depois de ter lido o decreto na portaria da Prefeitura, voltou para o seu barco e viajou com destino a Canutama. Ao passar por Daniel, cumprimentou-o com um aperto de mão, ato que foi calorosamente correspondido.

Como era de se esperar, a decisão do prefeito recebeu muitos elogios e algumas críticas. Todavia, saiu-se bem no cômputo geral dos comentários sobre o fato, especialmente por ter sido muito comentado o velho adágio de que “Deus escreve certo por linhas tortas”.

Escola Don José Alvarez, construída em frente à Praça Thomaz de Lima,

em 1964, por Frei Victório Henrique Cestaro.

Sentado em frente aos alunos, o homenageado:

Bispo Prelado de Lábrea Don José Alvarez Mácua.

EPISÓDIO X

EDUCAÇÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO ANTÔNIO CARIRI

(Páginas 63 a 65)

O prefeito Antônio Ferreira de Oliveira, de maneira correta e inteligente, deu curso e estruturou o Órgão Municipal de Ensino Primário – OMEP, criado por Daniel no final da sua primeira administração.

Inicialmente, nomeou Frei Augusto e Frei Victório para dirigirem o órgão. Com a desistência dos padres, contratou em Manaus a professora normalista Élina Soares de Menezes que não só dirigiu o OMEP, como também, ministrou aulas para os alunos mais adiantados.

Conseguiu remover de Lábrea para Tapauá a sua conterrânea professora Maria do Socorro Lopes (a professora Marizita), cuja dedicação à educação maternal e comportamento exemplar e modelador às pessoas da comunidade tapauaense, foram homenageados por Daniel ao dar o seu honrado nome à escola municipal que projetou e construiu em 1970.

Vale a pena esclarecer aos leitores que, àqueles tempos, não era fácil conseguir professores para lecionarem em municípios pequenos como o nosso. As municipalidades valiam-se dos padres e da prata de casa. Foi, por tanto, um grande feito do chefe da Comuna tapauaense conseguir, na época, duas professoras para enriquecerem o quadro docente municipal.

A começar pela doação do terreno, o prefeito deu todo apoio a Escola Paroquial Don José Alvarez para a qual nomeou a professora Dalila Saraiva Bentes e transferiu a professora Maria do Socorro Lopes.

Em 1966, construiu a Escola Pedro Silvestre nomeando sua primeira professora a jovem Ercília de Magalhães França, filha do comerciante e seu concorrente ao cargo de prefeito municipal, Orlando da Silva França. Ercília havia concluído o curso ginasial em Manaus, na Escola Santa Teresinha.

Tendo sido nomeado pelo prefeito, em exercício, Cassiano Cavalcante de Menezes, em 18 de março daquele ano de 1966, para o cargo de diretor do OMEP, Daniel passou a lecionar na Escola Pedro Silvestre para os alunos da 4ª série primária. Duas de suas alunas, que conseguiram ir a Manaus prestar exame de admissão ao ginásio, galgaram a primeira colocação das suas turmas. Foram elas Fátima Magalhães França e Ivaneide Nery de Andrade.

Faz-se necessário esclarecer aos alunos e a alguns professores de hoje que, antes da implantação do primeiro e segundo graus, o organograma educacional brasileiro era constituído de curso primário de quatro a seis anos, dependendo da Lei de Diretrizes e Base Educacional de cada Estado (Sul e Sudeste quatro anos, Norte e Nordeste cinco anos, Mato Grosso seis anos); curso ginasial de cinco anos, depois reduzidos para quatro; e curso médio clássico ou científico de três anos, também chamado de pré-universitário. O ingresso ao curso ginasial era precedido de prova de suficiência denominada Exame de Admissão ao Ginásio, comparável ao Concurso Vestibular de hoje, nas universidades públicas.

Na zona rural do Município, o prefeito Antônio Ferreira de Oliveira fez funcionar oito escolas, obtendo resultados iguais aos das escolas implantadas na primeira administração de Daniel.

O ano letivo de 1965 deu início, também, às paradas cívicas escolares em homenagem ao Dia da Pátria. No dia sete de setembro deste ano, os alunos das escolas Pedro Silvestre e Don José Alvarez marcharam garbosamente em torno da Praça Thomaz de Lima e cantaram os hinos nacional e da independência, ao serem hasteadas as bandeiras do Brasil e do Estado do Amazonas..

Idalvo Lopes de Oliveira, que havia servido ao Exército, foi o instrutor da Escola Paroquial Don José Alvarez e Daniel, que havia sido aluno soldado foi o instrutor da Escola Municipal Pedro Silvestre. Os dois instrutores conseguiram o sucesso almejado.

Fato interessante, que não poderia deixar de ser narrado, foi a peculiar disputa que, com a ascensão de Daniel ao comando do ensino municipal, iniciou-se entre o diretor da Escola Paroquial Don José Alvarez (Frei Victório), e o diretor do OMEP (Daniel). Ambos esforçaram-se e deram tudo de si, na única intenção de melhor educar e instruir os seus alunos.

O resultado final desta porfia, entre outras, foi extremamente positivo. Não houve perdedor. Os vencedores foram os jovens colegiais da época, entre os quais, concluíram em 1970 o curso primário de cinco anos: Benedita Araújo de Souza, Dionísia de Almeida Lins, Fernanda Almeida de Souza, Iridéia Job de Andrade, Ivaneide Nery de Andrade, Luiz Wagner Lopes Reis, Maria de Nazaré Rodrigues dos Santos, Maria das Graças Job de Andrade, Raimunda Andrade de Souza, Raimunda Gonçalves de Andrade, Raimunda Nery da Silva, Raimundo Manoel Jó de Andrade, Sandra Nery de Souza, Valdina de Oliveira Lopes, e Waldermice Nery de Souza.

Sem dúvidas, a arrancada educacional do Município de Tapauá teve início na segunda administração do prefeito Antônio Ferreira de Oliveira, inclusive, pelo grande sucesso alcançado nos dois anos de funcionamento da Escola Paroquial Don José Alvarez.

Alunos da Escola Don José Alvarez após o desfile do Dia da Pátria do ano de 1965.

Alunos da Escola Pedro Silvestre em ordem unida,

sob o comando de Raimunda Nery da Silva,

no desfile comemorativo ao Dia da Pátria de 1968.

Ao fundo a Prefeitura de Tapauá, ao lado da Escola.

EPISÓDIO XI

A ESCOLA ANTÔNIO FERREIRA DE OLIVEIRA

(Páginas 65 e 66)

Como já narrado, o ponto alto da segunda administração do prefeito Antônio Ferreira de Oliveira foi, inegavelmente, a Educação pública. Tendo sido este o motivo porque Daniel, em 1982, ao projetar a construção de uma escola de segundo grau, conferiu-lhe a justa homenagem da denominação do seu nome à escola.

A atual Escola Estadual António Ferreira de Oliveira foi projetada e a construção iniciada na terceira administração de Daniel, em 1982, com recursos do Fundo de Participação dos Municípios. A sua conclusão aconteceu na primeira administração do prefeito Raimundo Manoel Jô de Andrade, o Nato, em 1984, através de convênio com a Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Amazonas, com cláusula de transferência para o Estado das escolas municipais Professora Marizita, Marcelino Champagnat e da própria Antônio Ferreira de Oliveira. Esta, construída com recursos municipais até a altura do telhado, sob a batuta do mestre Preto do Felício.

Ao ser transferida para o patrimônio estadual, a Escola Antônio Ferreira de Oliveira passou a funcionar com cursos de primeiro e segundo graus. Talvez tenha sido este o motivo pelo qual o então prefeito Nato e os vereadores de Tapauá, tenham deliberado transferir para o Estado, valioso patrimônio municipal representado por duas escolas em pleno funcionamento e outra com a construção já iniciada.

Observe-se que a denominação de duas importantes escolas do Município de Tapauá homenageia personagens com destacada atuação no ensino público da segunda administração do prefeito Antônio Ferreira de Oliveira: a professora Marizita e o próprio Antônio Ferreira de Oliveira.

EPISÓDIO XIII

ESCOLA PROFESSORA MARIZITA

(Páginas 100 e 101)

No ano de 1969 não mais funcionava a Escola Paroquial Don José Alvarez, fato este que obrigou a Prefeitura Municipal executar toda a programação escolar, inerente ao antigo curso primário, na Escola Pedro Silvestre que, aliás, era o único estabelecimento de ensino em funcionamento existente, naquele momento, na sede municipal.

Àquela época já se esvaziava a produção extrativista, especialmente da borracha, o que motivou a migração de várias famílias para Tapauá. Tal fato fez triplicar a demanda escolar de crianças e adolescentes, tornando as duas salas de aula da Escola Pedro Silvestre, mesmo operando em três turnos diários, insuficientes para atendê-la.

A falta de possibilidade de oferta prevista para o exercício de 1970, por parte da administração municipal, de matrículas para o ensino primário – obrigatório por lei – levou Daniel a tomar imediatas providências.

Em Manaus comunicou-se com o senador José Esteves, solicitando a realização de convênio com o Ministério da Educação e Cultura – MEC, tendo por objeto a construção de uma escola primária na sede do Município de Tapauá.

No mês de novembro de 1969, foi firmado o solicitado convênio com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE/MEC, que continha cláusula obrigando a Prefeitura Municipal construir, com recursos ordinários, Quadra Esportiva anexa à escola. Em junho de 1970, após ter sido creditado o valor do convênio em conta bancária da Prefeitura de Tapauá, deu-se início a construção da obra sob a batuta de João Torres, auxiliado pelo pedreiro chamado de mestre Augusto que viera de Lábrea.

No início do ano letivo de 1971 a Escola Professora Marizita – cujo nome foi dado em homenagem póstuma a professora Maria Lopes de Oliveira, mais conhecida por professora Marizita, que viera de Lábrea durante a administração Antônio Ferreira de Oliveira e falecera em Tapauá – estava pronta e atendendo a demanda das matrículas escolares.

Intensificou-se, também, naquele ano, a distribuição de fardamento e de todo o material escolar a alunos das escolas Pedro Silvestre, Professora Marizita e demais escolas localizadas na zona rural do município. Nas escolas da sede municipal, teve início o fornecimento de alimentação escolar, na época chamada de merenda escolar.

A Quadra de Esportes construía ao lado da Escola, somente ficou totalmente acabada em 1972, já no apagar das luzes da segunda gestão de Daniel frente ao Poder Executivo do Município de Tapauá.

Durante a administração dos prefeitos Ocimar Lopes de Souza e Almino Gonçalves de Albuquerque a Escola Professora Marizita passou por três reformas, mudando inteiramente a sua arquitetura original.

Vista da Escola Professora Marizita e da Quadra Esportiva anexa, fotografadas em 31 de janeiro de 1973.

No lado esquerdo aparecem a Unidade Mista de Tapauá (na sua arquitetura original) e o muro do Cemitério Santa Rita.

O comandante da aeronave que no dia seguinte transportaria para Manaus a recém- empossada prefeita Ana Tereza Ponciano,

estacionou o Cherokee de maneira que aparecesse na foto.

EPISÓDIO XIV

EDUCAÇÃO, CULTURA E LAZER

(Páginas 101 a 104)

No início, conforme narrado no Capítulo IV, Episódio IX, o natural instinto de sobrevivência comercial fazia com que, de desejos inconfessáveis, os patrões desta região, quiçá de toda a Amazônia, não almejassem um elevado programa educacional para as crianças, jovens e adolescentes daquela época. Isto é: os patrões necessitavam, para sobrevivência dos seus negócios, que os seus fregueses e os filhos destes permanecessem nos seringais. Temiam, pois, que se os jovens se educassem, procurariam outros meios para trabalhar.

Mas, em 1969 o extrativismo já se encontrava em franco declínio. A Zona Franca de Manaus, especialmente, havia motivado uma migração desproporcional de pessoas do interior para a capital do Estado. No Município de Tapauá, todavia, ecoava longe o resultado positivo do ensino praticado nas Escolas Don José Alvarez e Pedro Silvestre (Frei Victório e Daniel).

Em razões disto, muitas pessoas, até de outros municípios, vieram residir em Tapauá na expectativa de educar os filhos e, também, conseguir trabalho visto que o ciclo da borracha nativa estava chegando ao fim.

E novos moradores continuaram chegando durante o ano de 1969. A prova disto é que o Censo Demográfico de 1970 demonstrou que a população do Município de Tapauá, apesar da febre de migração para a Zona Franca de Manaus, havia crescido mais de 30% (trinta por cento), chegando ao número de 10.680 habitantes. Na sede municipal o crescimento populacional, comparado ao censo de 1960, foi superior a 1.000% (mil por cento). O Município de Tapauá obteve o maior índice de crescimento populacional em toda a calha do rio Purus, conforme demonstrado pelo IBGE, no resultado final do Censo de 1970.

Três serviços prestados à população haviam contribuído para o extraordinário aumento populacional na sede do município: Educação, Assistência à Saúde e o Movimento Religioso. Não só o abençoado e extraordinário trabalho católico levado a cabo por Frei Victório Henrique Cestaro, mas, também, os evangélicos tinham se organizado. Inicialmente, com confrarias e neste ano de 1969, foi declarada a instalação de Igreja Assembléia de Deus em Tapauá. O rebanho do pastor Jaques também havia aumentado.

Em razão do aumento da demanda de matrículas para o antigo curso primário de responsabilidade do município, Daniel teve que rever o programa educacional constante da lei orçamentária. Além disto, continuou lecionando à noite na Escola Pedro Silvestre até a chegada a Tapauá do Professor Idemar Nazaré de Albuquerque que, apesar do sobrenome, não é seu parente.

Em 1970, saiu a primeira turma de concludentes do curso primário em Tapauá, cuja relação já foi nomeada no capítulo V, episódio X. Vários desses concludentes haviam sido contratados para lecionar para alunos das primeiras séries, conseguindo realizar a contento suas missões. .

Como já foi dito, havia distribuição gratuita para todos os alunos de fardamento, inclusive calçados conga e material escolar. Nas escolas da sede municipal foi iniciado o fornecimento de merenda escolar.

A cultura era exposta nas paradas escolares alusivas ao Dia do Amazonas e Dia da Pátria, com apresentação de temas que rememoravam fatos ocorridos na história do Brasil ou na história do Estado do Amazonas. Mesmo já sem a salutar concorrência da Escola Dom José Alvarez, os alunos caprichavam durante a apresentação, porque eram filmados por Daniel e, posteriormente, após a sua revelação (àquele tampo ainda não havia o vídeo tape), o filme era exibido nas escolas. O folclore apresentado nas festas juninas, com apoio financeiro da Prefeitura, representava outra forma de promoção da cultura.

Quanto ao lazer da criançada, Daniel construiu um parque infantil entre a rua pista e o acesso ao Porto Norte, que foi denominado de Parque Infantil Lucília Marques, em homenagem póstuma a vereadora e primeira presidente da Câmara Municipal de Tapauá.

Este parque, cuja construção foi empreitada com Frei Enéias Berilli4, era muito frequentado pelas crianças de Tapauá que, inclusive, gostavam de assistir de lá o pouso das aeronaves na rua pista, conforme mostra a fotografia constante no episódio XI, deste capítulo.

E, assim, apesar das dificuldades da época, Daniel conseguiu realizar um bom trabalho nos serviços públicos de Educação, Cultura e Lazer.

Palanque de Autoridades localizado na Praça Thomaz de Lima, nas festividades do Dia da Pátria do ano de 1969.

Da esquerda para a direita: Antônio Gonçalves de Andrade, delegado de Polícia; sua esposa dona Josefa Gonçalves de Andrade;

dona Valdisa Limeira da Silva, esposa do vereador Leopoldo José da Silva, presidente da Câmara Municipal de Tapauá (que aparece atrás do delegado);

dona Ermita Nery de Albuquerque, primeira dama do Município; vereador Manoel Vicente de Oliveira, vice-presidente da Câmara e o vereador Cassiano

Cavalcante de Menezes. líder da maioria na Câmara. A garotinha que aparece de braços cruzados é a Sandra Ferreira de Andrade.

O prefeito Daniel Albuquerque tirou a foto, certamente por isto não está no palanque.

Desfile estudantil comemorativo ao Dia da Pátria do ano de 1969. Na foto, à esquerda,

o Pelotão Tapauá da Escola Pedro Silvestre, comandado por Ivaneide Nery de Andrade.

Á direita, o garbo das alunas Valdeci e Nêga.

Observe, também, o passo certo e a cadências dos estudantes em marcha.

Desfile escolar no Dia da Pátria de 1970. Observe as balizas com letras nas camisetas,

que formam a sigla do Órgão Municipal de Educação Pública – OMEP e o Pelotão Amazonas.

EPISÓDIO V

EDUCAÇÃO PÚBLICA

(Páginas 117 a 118)

Já no ano de 1973, em cumprimento à Lei nº 5.692/1971, que alterou as diretrizes e bases do ensino nacional, extinguindo os cursos primário e ginasial para criação dos cursos de 1º e 2º grau, a Secretaria de Estado da Educação e Cultura implantou em Tapauá o Projeto Ajuri–1, dando início ao funcionamento do curso de 1º grau no município.

Em razão disto, já poderia ser concluído em Tapauá, o tão almejado curso ginasial. Inicialmente, a SEDUC coordenou o 1º grau completo ministrado na sede municipal, ficando o município com a responsabilidade do ensino da 1ª a 4ª séries na zona rural.

A Escola Professora Marizita foi transformada em Escola de 1º Grau e cedida provisoriamente para a Secretaria de Estado da Educação e Cultura.  Frei Jesus Moraza foi nomeado diretor da escola, já prevendo a chegada dos eméritos educadores Irmãos Maristas que, por intermédio de Frei Saturnino, pároco de Tapauá, haviam estabelecido conversações com a prefeita Ana Tereza, que lhes deu todo apoio.

Com o professor Idemar Nazaré de Albuquerque (que também foi designado secretário da escola) e duas professoras contratadas em Manaus, as aulas tiveram início no dia 14 de maio de 1973. Com a chegada em Tapauá dos Irmãos Maristas, a diretoria da escola passou para o Irmão José Lot em 1º de abril de 1974, cabendo ao Irmão Demétrio Herman secretariar os serviços burocráticos e administrativos da escola, além de ser também professor.

E assim, em 1976, ainda na administração da prefeita Ana Tereza Ponciano, sete alunos concluíram o 1º grau (equivalente ao antigo curso ginasial), no Município de Tapauá. Nos anos seguintes novas e sucessivas turmas de concludentes do 1º grau festejaram a sua qualificação curricular e atualmente a Escola Professora Marizita mantém, além do 1º grau completo, curso supletivo, expedindo certificados equivalentes à conclusão do 2º grau.

A prefeita Ana Tereza Ponciano deu início a construção de uma escola com quatro salas de aula, localizada na esquina da Rodovia Presidente Castelo Branco com a Avenida Marechal Deodoro. Projetou vender as ações da PETROBRÁS pertencentes ao Município, para custear a obra. Infelizmente, as ações sofreram grande baixa na Bolsa de Valores, sendo desestimulado o interesse pela venda e, consequentemente, abandonado o projeto de construção da escola. A parte já construída foi posteriormente transformada em Feira Municipal, concluída já no período da Segunda Geração.

Desfile Escolar no Dia da Pátria de 1974.

Desfile Escolar no Dia da Pátria de 1974.

EPISÓDIO VII

EDUCAÇÃO E CULTURA

(Páginas 134 e 135)

Por decisão governamental do Estado, a SEDUC ministrava o curso de primeiro grau na sede do Município. Na zona rural, a Prefeitura atuava no ensino de primeira a quarta séries. Mesmo com esta nomenclatura de ações, a administração municipal (o OMEP havia sido extinto na gestão anterior), distribuía todo o material escolar e fardamento, assim como, a merenda, para os alunos da sede municipal.  Os estudantes dos seringais eram somente aquinhoados, com material escolar.

Os Irmãos Maristas continuaram, com a mesma e já conhecida competência, administrando o ensino na sede municipal. Daniel nomeou o Irmão Demétrio Herman, diretor municipal de Ensino e, na tentativa de solucionar o precário e difícil de administrar ensino interiorano, confiou a Frei Jesus Moraza a coordenação do ensino da zona rural. Mas Frei Jesus exonerou-se no ano seguinte por ter que viajar de férias à Espanha. Em razão disto, os Irmãos Maristas assumiram também a coordenação do ensino rural.

As escolas rurais, com exceção da que havia sido construída pela Prefeitura Municipal em 1969, na Foz do Tapauá, funcionavam, desde os primórdios, nas residências dos professores, em consequência da falta de estabelecimentos destinados a esta atividade. Vale a pena lembrar ao leitor educador ou educando, que àquela época não havia programas de auxílio à Educação, tais como, o FUNDEF posteriormente denominado FUNDEB.

A SUDHEVEA havia conveniado com a Prefeitura Municipal de Tapauá o custeio de oito escolas localizadas ao longo dos seringais, mas a sua participação destinava-se exclusivamente para pagamento dos professores que, na época, eram raros, obrigando os administradores a contratarem pessoas não necessariamente habilitadas para este mister. No início de cada ano letivo, os mestres leigos participavam na sede municipal, de um curso de capacitação ministrado por professores contratados em Manaus, que melhoravam, mas não excluíam a deficiência.

Na intenção de melhorar a situação da falta de estabelecimentos escolares, o padre coordenador estimulou a construção desses prédios pela própria comunidade prometendo a presença, na inauguração dos mesmos, do prefeito municipal, do diretor de Ensino do Município e do coordenador de Ensino da Zona Rural.  A única comunidade a construir um prédio escolar, foi a do Mapixi, localizada em um grande lago com comunicação ao rio Purus.

No dia marcado para a inauguração da escola e início das aulas, ainda no ano de 1977, Daniel fretou um táxi aéreo hidroavião de Manaus e compareceu à solenidade, acompanhado do Irmão Demétrio Herman e Frei Jesus Moraza. A aeronave pousou no lago e, nesta ocasião, a maioria dos moradores da localidade tiveram a ventura de ver, de corpo presente e pela primeira vez, o grande e barulhento pássaro metálico. O prefeito nomeou Francisco Zuza, líder da comunidade e comandante do movimento “A Escola é Nossa!”, professor da escola do Mapixi, cargo que ocupou por longos anos.

Daniel construiu, com recursos ordinários do município, uma escola igual a Professora Marizita, no bairro Açaí que, depois de instalado e organizado, estava sendo ocupado de maneira voraz. Em homenagem ao Bem Aventurado Fundador da Instituição Marista, deu a essa escola a denominação de Marcelino Champagnt. Da mesma forma como aconteceu com a Escola Professora Marizita, este estabelecimento educacional foi doado, pelo prefeito Raimundo Andrade, ao patrimônio do Estado do Amazonas que já o ampliou e reformou por várias vezes, estando, igualmente à congênere, com a arquitetura totalmente modificada da original.

Anualmente, sucediam-se as turmas de concludentes do 1º Grau: 12 em 1977; 17 em 1978; 11 em 1979; 14 em 1980; 22 em 1981 e 26 em 1982. Em razão disto, Daniel compreendeu a necessidade da construção de uma escola para o ensino de 2º grau, iniciando-a no segundo semestre do final da sua terceira gestão, com planta técnica elaborada pelo engenheiro Rubelmar Azevedo Filho e execução das obras sob a responsabilidade do mestre Preto do Filício que, até o final daquele ano, deixou as paredes levantadas até a altura do telhado. Logo de início deu a esta escola a denominação de Antônio Ferreira de Oliveira, em homenagem ao primeiro prefeito do Município de Tapauá.

Este grandioso estabelecimento de ensino de Tapauá foi concluído em 1984, na administração do prefeito Raimundo Andrade, o Nato, que concluiu sua construção em convênio com a Secretaria de Educação e Cultura do Estado, que estabelecia cláusula de transferência, para o patrimônio estadual, das escolas Professora Marizita, Marcelino Champagnat e da própria Antônio Ferreira de Oliveira.

O Dia da Pátria foi sempre comemorado nas administrações de Daniel. Em 1978,

alunos da Escola Professora Marizita representaram vultos da história do Brasil.

Da esquerda para a direita: Mensageiro (Paulo de Tarso), Heroína da Independência

Maria Quitéria (Nympha), Imperatriz Leopoldina (Núria) e Imperador D. Pedro I (Luís Gonzaga).

CHAMADAS:

4. Frei Enéias Berilli – Coadjutor de Frei Victório Henrique Cestaro, Frei Enéias era um verdadeiro artífice. Em Tapauá, deu mostras da sua capacidade de mestre de obras na construção da igreja matriz, da casa paroquial, da Escola Don José Alvarez, do edifício-sede do Serviço Rodoviário Municipal de Tapauá e do Parque Infantil Lucília Marques.

Frei Enéias Berilli: o artífice.

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Comentários

  • Nivaldo lima  On 14 de agosto de 2010 at 20:46

    Quase morri de rir. Minha mae me disse que o senhor lecionava na ponta do camaleao e os alunos entre outros: Finado Nato, Branco (Ex-Prefeitos) de Tapaua, Mundoca, Tarzan e outros. O senhor estava ensinando portuges. O assunto era a pronuncia correta de palavras. Entao o senhor ensinava a seus alunos a pronunciarem corretamente a palavra BONE. Escolhido o Mundoca, branco e companhia para testar o aprendizado da nova e correta palavra e os mesmos nao pronunciaram corretamente, entao o senhor separou as silabas. BO-NE, e disse: – Agora juntem e pronunciem.
    entao a turma falou: – Ha, agora sim aprendemos, e pronunciaram BONEU. Entao o senhor disse ao Mundoca, Branco e companhia: – Raios o partam, raio os partam.

    Grande abraco querido e eterno mestre.

  • Nivaldo lima  On 14 de agosto de 2010 at 20:48

    DESCONSIDERE “PORTUGES” DO COMENTARIO ANTERIOR E GRAFE-SE: PORTUGUES. OBRIGADO.

  • Daniel Albuquerque  On 15 de agosto de 2010 at 9:16

    PREZADO MESTRE NIVALDO,
    Essa estória do BONEU (da qual já me havia esquecido), é autêntica e, na época, trouxe para mim uma notável experiência: o linguajar dos habitants dos beiradões, repleto de corruptelas quando escrito, prejudicava o aprendizado de leitura das crianças e adolescentes que conheciam muitas palavras com pronúncia diferente da correta. Ao iniciar um sistema de ensino áudio visual, em que usava cubos com as letras do alfabeto português, propiciando formar sílabas e depois juntá-las para formar palavras, aconteceu o fato relembrado: formei as sílabas BO e NE. Todos os alunos, quando perguntados, responderam corretamente: BO, NE (com pronùncia de NÉ). Ao juntar as sílabas, nenhum deles foi capaz de pronunciar a palavra formada pelas duas sílabas. Depois de perguntar a todos eles, sem resposta, eu falei: BONÉ, gente! Foi aí que o Mundoca retrucou: – Bom, agora eu entendi, BONÉU! Todos os demais alunos balançaram a cabeça em gesto afirmativo. O que resultou, como um repente, na comprovação da minha descendência de mãe portuguesa: RAIOS QUE OS PARTAM!
    Muito obrigado pelo comentário, que além de comprovar o que foi escrito em TAPAUÁ: PRIMEIRA GERAÇÃO: Eu fui professor na Ponta do Camaleão, ainda acrescenta mais um fato pitoresco à historia inicial do nosso município.

  • Elizeu Figueira da Silva  On 13 de setembro de 2010 at 14:05

    Excelentíssimo ex-prefeito Daniel Albuquerque, este magnifíco livro é, além de muito bonito, de fundamental importancia para a geração presente e para as vindouras. Somente os povos que não esquecem o seu passado e os esforços dos seus antecessores conseguem evoluir sostenidamente. Para nós tapauaenses que moramos no exterior esta obra é espetacular já que sua importancia acentua-se pela distancia e pela saudade. Ela é uma demonstração da intelectualidade daqueles que habitam ou alguma vez habitaram o solo amazonense. Ah, que não nos parta os raios, pois não só somos capazes de aprender a língua de Camoes mas também outros idiomas. Gostaria que me enviasse o livro completo ao meu e-mail.
    Cordiais e fraternos cumprimentos!

  • Daniel Albuquerque  On 13 de setembro de 2010 at 16:09

    PREZADO E ILUSTRE AMIGO ELIZEU,
    Levei quase uma hora saboreando o seu extraordinário linguajar: “SOMENTE OS POVOS QUE NÃO ESQUECEM O SEU PASSADO E OS ESFORÇOS DOS SEUS ANTECESSORES CONSEGUEM EVOLUIR SOSTENIDAMENTE”. Fiquei, também, surpreendido com o termo: “A importância da obra acentua-se pela distância e pela saudade (em referência aos tapauaenses residentes no exterior)”. Puxa vida! Você se saiu tão bem em seu comentário, que me pareceu “O Camões Tapauaense”. Com imenso prazer enviar-lhe-ei, por e-mail, a obra completa, mas para que possa fazê-lo há necessidade de você dirigir-se a danieltapaua@globo.com informando o seu e-mail.
    Retribuo os seus cordiais e fraternos cumprimentos com um afetuoso abraço e se for da sua vontadade informe também onde você se encontra.

  • Carlos Augusto N. de Melo  On 23 de novembro de 2010 at 21:38

    Sr.Daniel(ex-prefeito de Tapauá).A foto acima em que estão os alunos(as), Paulo,Nympha,Núria e Gonzaga na comemoração referente ao dia da Pátria,foi tirada em frente a casa em que morei durante quase 4 anos,de 1973 a 1977,eram duas casas parecidas em frente a usina da extinta Celetramazon. O meu pai era o gerente da usina e se chamava “seo” Melo (falecido). Atualmente moro em Boa Vista cap. do Estado de Roraima. Um grande abraço !!

  • Danaiel Albuquerque  On 25 de novembro de 2010 at 15:24

    Meu prezado Carlos Augusto,
    Conheci e fui amigo do seu pai. Homem de conduta exemplar, temente a Deus e, possivelmente, o primeiro gerente da CELETRAMAZON (hoje, AMAZONAS ENERGIA),que se implantou em Tapauá na administração da saudosa prefeita Ana Tereza Ponciano. Este acontecimento foi narrado em TAPAUÁ: PRIMEIRA GERAÇÃO. Se você estiver interessado em receber a obra completa, via e-mail, comunique-se com danieltapaua@globo.com
    Muito obrigado pela sua participação e um grande abraço extensivo a todos que lhe são caros.

  • Sandra  On 1 de novembro de 2015 at 22:18

    Só quero esclarecer que não foi só a Ivaneide Nery de Andrade e a Fátima Magalhães França que foram estudar em Manaus. A Raimunda Nery e Sandra Nery de Souza também seguiram para continuar seus estudos.

  • Bennys Roberto Mesquita Nery  On 7 de setembro de 2016 at 12:30

    eita,quantas saudades de tapaua nossa linda cidade,nesse momento me passa um filme d minha infância das brincadeiras d marra,manja etc….Quando o excelentíssimo sr.Daniel Albuquerque chegava d avião era só festa e muita alegria das crianças…ele jogava muito bombom gardame e caramelo p tdos!!!sr.Daniel Albuquerque;meu muito obrigado por tudo que vssa nobreza fez…Gostaria d ser prefeito de tapaua porque fonte d inspiração já tenho e esse é vssa excelência.vou me dedicar! um abraço e um bj.p vcs.💕dois Daniel Albuquerque e Ermita Nery 💕 com muito carinho e com centimento d gratidão!!!!!

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